O homem, meu general, é muito útil:
Sabe voar, e sabe matar
Mas tem um defeito
- Sabe pensar
(Berthold Brecht)

domingo, 23 de dezembro de 2012

Consumos de Natal... Mais do mesmo!

Jornal A Tribuna_ Caderno Economia
23/12/2012

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Poeme-Se

Poema publicado na antologia "Letras da paixão". SP: Casa do Novo Autor, 2010.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Poeme-Se!

Poema publicado na antologia premiada "Momento do autor V". Santos: SeCult, 2009.

Poeme-Se!

Poema publicado na antologia premiada "Momento do autor V". Santos: SeCult, 2009.



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A IGREJA PROFÉTICA_ Os 47 anos da brisa 'evidente' do Espírito Santo


47 ANOS_ O ''PACTO DAS CATACUMBAS'' PARA UMA IGREJA SERVA E POBRE

No dia 16 de novembro de 1965, há 47 anos, poucos dias antes do encerramento do Vaticano II, cerca de 40 padres conciliares celebraram uma Eucaristia nas Catacumbas de Domitila, em Roma, pedindo fidelidade ao Espírito de Jesus. Depois dessa celebração, assinaram o "Pacto das Catacumbas".
O documento é um desafio aos "irmãos no Episcopado" a levar adiante uma "vida de pobreza", uma Igreja "serva e pobre", como sugerira o Papa João XXIII.
Os signatários – entre eles muitos brasileiros e latino-americanos, embora muitos outros aderiram ao pacto mais tarde – se comprometiam a viver em pobreza, a renunciar a todos os símbolos ou privilégios do poder e a pôr os pobres no centro do seu ministério pastoral. O texto teve uma forte influência sobre a Teologia da Libertação, que surgiria nos anos seguintes.

Um dos signatários e propositores do pacto foi Dom Helder Câmara.

Eis o texto.

Pacto das Catacumbas da Igreja serva e pobre

Nós, Bispos, reunidos no Concílio Vaticano II, esclarecidos sobre as deficiências de nossa vida de pobreza segundo o Evangelho; incentivados uns pelos outros, numa iniciativa em que cada um de nós quereria evitar a singularidade e a presunção; unidos a todos os nossos Irmãos no Episcopado; contando, sobretudo, com a graça e a força de Nosso Senhor Jesus Cristo, com a oração dos fiéis e dos sacerdotes de nossas respectivas dioceses; colocando-nos, pelo pensamento e pela oração, diante da Trindade, diante da Igreja de Cristo e diante dos sacerdotes e dos fiéis de nossas dioceses, na humildade e na consciência de nossa fraqueza, mas também com toda a determinação e toda a força de que Deus nos quer dar a graça, comprometemo-nos ao que se segue:

1) Procuraremos viver segundo o modo ordinário da nossa população, no que concerne à habitação, à alimentação, aos meios de locomoção e a tudo que daí se segue. Cf. Mt 5,3; 6,33s; 8,20.

2) Para sempre renunciamos à aparência e à realidade da riqueza, especialmente no traje (fazendas ricas, cores berrantes), nas insígnias de matéria preciosa (devem esses signos ser, com efeito, evangélicos). Cf. Mc 6,9; Mt 10,9s; At 3,6. Nem ouro nem prata.

3) Não possuiremos nem imóveis, nem móveis, nem conta em banco, etc., em nosso próprio nome; e, se for preciso possuir, poremos tudo no nome da diocese, ou das obras sociais ou caritativas. Cf. Mt 6,19-21; Lc 12,33s.

4) Cada vez que for possível, confiaremos a gestão financeira e material em nossa diocese a uma comissão de leigos competentes e cônscios do seu papel apostólico, em mira a sermos menos administradores do que pastores e apóstolos. Cf. Mt 10,8; At. 6,1-7.

5) Recusamos ser chamados, oralmente ou por escrito, com nomes e títulos que signifiquem a grandeza e o poder (Eminência, Excelência, Monsenhor...). Preferimos ser chamados com o nome evangélico de Padre. Cf. Mt 20,25-28; 23,6-11; Jo 13,12-15.

6) No nosso comportamento, nas nossas relações sociais, evitaremos aquilo que pode parecer conferir privilégios, prioridades ou mesmo uma preferência qualquer aos ricos e aos poderosos (ex.: banquetes oferecidos ou aceitos, classes nos serviços religiosos). Cf. Lc 13,12-14; 1Cor 9,14-19.

7) Do mesmo modo, evitaremos incentivar ou lisonjear a vaidade de quem quer que seja, com vistas a recompensar ou a solicitar dádivas, ou por qualquer outra razão. Convidaremos nossos fiéis a considerarem as suas dádivas como uma participação normal no culto, no apostolado e na ação social. Cf. Mt 6,2-4; Lc 15,9-13; 2Cor 12,4.

8) Daremos tudo o que for necessário de nosso tempo, reflexão, coração, meios, etc., ao serviço apostólico e pastoral das pessoas e dos grupos laboriosos e economicamente fracos e subdesenvolvidos, sem que isso prejudique as outras pessoas e grupos da diocese. Ampararemos os leigos, religiosos, diáconos ou sacerdotes que o Senhor chama a evangelizarem os pobres e os operários compartilhando a vida operária e o trabalho. Cf. Lc 4,18s; Mc 6,4; Mt 11,4s; At 18,3s; 20,33-35; 1Cor 4,12 e 9,1-27.

9) Cônscios das exigências da justiça e da caridade, e das suas relações mútuas, procuraremos transformar as obras de "beneficência" em obras sociais baseadas na caridade e na justiça, que levam em conta todos e todas as exigências, como um humilde serviço dos organismos públicos competentes. Cf. Mt 25,31-46; Lc 13,12-14 e 33s.

10) Poremos tudo em obra para que os responsáveis pelo nosso governo e pelos nossos serviços públicos decidam e ponham em prática as leis, as estruturas e as instituições sociais necessárias à justiça, à igualdade e ao desenvolvimento harmônico e total do homem todo em todos os homens, e, por aí, ao advento de uma outra ordem social, nova, digna dos filhos do homem e dos filhos de Deus. Cf. At. 2,44s; 4,32-35; 5,4; 2Cor 8 e 9 inteiros; 1Tim 5, 16.

11) Achando a colegialidade dos bispos sua realização a mais evangélica na assunção do encargo comum das massas humanas em estado de miséria física, cultural e moral - dois terços da humanidade - comprometemo-nos: a participarmos, conforme nossos meios, dos investimentos urgentes dos episcopados das nações pobres; a requerermos juntos ao plano dos organismos internacionais, mas testemunhando o Evangelho, como o fez o Papa Paulo VI na ONU, a adoção de estruturas econômicas e culturais que não mais fabriquem nações proletárias num mundo cada vez mais rico, mas sim permitam às massas pobres saírem de sua miséria.

12) Comprometemo-nos a partilhar, na caridade pastoral, nossa vida com nossos irmãos em Cristo, sacerdotes, religiosos e leigos, para que nosso ministério constitua um verdadeiro serviço; assim:
  • esforçar-nos-emos para "revisar nossa vida" com eles;
  • suscitaremos colaboradores para serem mais uns animadores segundo o espírito, do que uns chefes segundo o mundo;
  • procuraremos ser o mais humanamente presentes, acolhedores...;
  • mostrar-nos-emos abertos a todos, seja qual for a sua religião. Cf. Mc 8,34s; At 6,1-7; 1Tim 3,8-10.

13) Tornados às nossas dioceses respectivas, daremos a conhecer aos nossos diocesanos a nossa resolução, rogando-lhes ajudar-nos por sua compreensão, seu concurso e suas preces.

Ajude-nos Deus a sermos fiéis.



sábado, 17 de novembro de 2012

Será o STF o Supremo Tribunal de Fraudes?!

"Ainda há juízes em Berlim!"

A nota que repasso está sendo amplamente divulgada pela blogosfera e demais redes sociais, uma vez que os grandes meios de comunicação atuam politicamente em sentido contrário à ampla defesa dos chamados réus do 'mensalão'.

Escreveria, como necessária manifestação cidadã de minha parte, sobre tal assunto, porém, após a  presente nota do Partido dos Trabalhadores, apenas subscrevo-a e ressalto partes da mesma que dissecam e vão muito além da análise de uma crise ideológica-partidária, mas demonstram, amparada em ampla interpretação legítima do Estado de Direito e suas consagradas jurisprudências, a caixa de Pandora aberta pelo STF, o guardião da Carta Magna brasileira.


  • Subscrevo e repasso a nota, pois penso não ser minimamente justo condenar sem provas;
  • Subscrevo e repasso a nota, pois não acredito ser razoável condenar inimigos ideológicos pelo fato de serem inimigos ideológicos;
  • Subscrevo e repasso a nota, afinal, nada, a partir de agora, garantirá que não sejamos rebaixados à categoria de réus pelo simples fato de um vizinho inescrupuloso oferecer denúncia contra qualquer quem seja pelo fato de odiar-nos e ser-nos desafeto;
  • Subscrevo e repasso a nota, afinal, na condição de professor, e professor de Filosofia, gasto-me migalha à migalha para que meus alunos pensem além de si mesmos e tornem-se e/ou descubram-se cidadãos políticos e esforcem-se por edificarem a ARTE POLÍTICA, e não poderia compactuar com a visão propalada pelo STF e da grande imprensa pela CRIMINALIZAÇÃO da mesma;
  • Subscrevo e repasso a nota, pois calar-me seria, para minha própria consciência, aceitar covardemente a devastação da cidadania brasileira através da implosão do Estado Democrático de Direito;
  • Subscrevo e repasso a nota, afinal o STF, em 'plena' Democracia brasileira, foi a única instituição que não mudou após as reformas da abertura a sua hierárquica estruturação arbitrária e, danosamente, anti-popular (uma vez que não emana do povo 'para o povo'!);
  • Subscrevo e repasso a nota, enfim, para, também, ressaltar e louvar o comportamento do ministro Lewandowski por seguir a Constituição e pagar o preço alto da execração dos meios de comunicação de massa, privados e privadores de direitos, não à toa conhecidos como anti-democráticos e golpistas de plantão, uma vez que avançamos para um sempre maior aperfeiçoamento da Democracia.
O PT E O JULGAMENTO DA AÇÃO PENAL 470
O PT, amparado no princípio da liberdade de expressão, critica e torna pública sua discordância da decisão do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento da Ação Penal 470, condenou e imputou penas desproporcionais a alguns de seus filiados.
1. O STF não garantiu o amplo direito de defesa
O STF negou aos réus que não tinham direito ao foro especial a possibilidade de recorrer a instâncias inferiores da Justiça. Suprimiu-lhes, portanto, a plenitude do direito de defesa, que é um direito fundamental da cidadania internacionalmente consagrado.
A Constituição estabelece, no artigo 102, que apenas o presidente, o vice-presidente da República, os membros do Congresso Nacional, os próprios ministros do STF e o Procurador Geral da República podem ser processados e julgados exclusivamente pela Suprema Corte. E, também, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os ministros de Estado, os comandantes das três Armas, os membros dos Tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática em caráter permanente.
Foi por esta razão que o ex-ministro Marcio Thomaz Bastos, logo no início do julgamento, pediu o desmembramento do processo. O que foi negado pelo STF, muito embora tenha decidido em sentido contrário no caso do “mensalão do PSDB” de Minas Gerais.
Ou seja: dois pesos, duas medidas; situações idênticas tratadas desigualmente.
Vale lembrar, finalmente, que em quatro ocasiões recentes, o STF votou pelo desmembramento de processos, para que pessoas sem foro privilegiado fossem julgadas pela primeira instância – todas elas posteriores à decisão de julgar a Ação Penal 470 de uma só vez..
Por isso mesmo, o PT considera legítimo e coerente, do ponto de vista legal, que os réus agora condenados pelo STF recorram a todos os meios jurídicos para se defenderem.
2. O STF deu valor de prova a indícios
Parte do STF decidiu pelas condenações, mesmo não havendo provas no processo. O julgamento não foi isento, de acordo com os autos e à luz das provas. Ao contrário, foi influenciado por um discurso paralelo e desenvolveu-se de forma “pouco ortodoxa” (segundo as palavras de um ministro do STF). Houve flexibilização do uso de provas, transferência do ônus da prova aos réus, presunções, ilações, deduções, inferências e a transformação de indícios em provas.
À falta de elementos objetivos na denúncia, deducões, ilações e conjecturas preencheram as lacunas probatórias – fato grave sobretudo quando se trata de ação penal, que pode condenar pessoas à privação de liberdade. Como se sabe, indícios apontam simplesmente possibilidades, nunca certezas capazes de fundamentar o livre convencimento motivado do julgador. Indícios nada mais são que sugestões, nunca evidências ou provas cabais.
Cabe à acusação apresentar, para se desincumbir de seu ônus processual, provas do que alega e, assim, obter a condenação de quem quer que seja. No caso em questão, imputou-se aos réus a obrigação de provar sua inocência ou comprovar álibis em sua defesa—papel que competiria ao acusador. A Suprema Corte inverteu, portanto, o ônus da prova.
3. O domínio funcional do fato não dispensa provas
O STF deu estatuto legal a uma teoria nascida na Alemanha nazista, em 1939, atualizada em 1963 em plena Guerra Fria e considerada superada por diversos juristas. Segundo esta doutrina, considera-se autor não apenas quem executa um crime, mas quem tem ou poderia ter, devido a sua função, capacidade de decisão sobre sua realização. Isto é, a improbabilidade de desconhecimento do crime seria suficiente para a condenação.
Ao lançarem mão da teoria do domínio funcional do fato, os ministros inferiram que o ex-ministro José Dirceu, pela posição de influência que ocupava, poderia ser condenado, mesmo sem provarem que participou diretamente dos fatos apontados como crimes. Ou que, tendo conhecimento deles, não agiu (ou omitiu-se) para evitar que se consumassem. Expressão-síntese da doutrina foi verbalizada pelo presidente do STF, quando indagou não se o réu tinha conhecimento dos fatos, mas se o réu “tinha como não saber”...* Obs: Permito- um aparte para manifestar, mesmo dentro de minha ignorância às entranhas do Direito Penal brasileiro, que penso ter sido, tal afirmação do presidente do STF, srº Carlos Ayres Brito, uma das mais danosas e perigosas interpretações de um artigo de lei para induzir e/ou validar  a privação de direitos de qualquer cidadão brasileiro a partir de agora!
Ao admitir o ato de ofício presumido e adotar a teoria do direito do fato como responsabilidade objetiva, o STF cria um precedente perigoso: o de alguém ser condenado pelo que é, e não pelo que teria feito.
Trata-se de uma interpretação da lei moldada unicamente para atender a conveniência de condenar pessoas específicas e, indiretamente, atingir o partido a que estão vinculadas.
4. O risco da insegurança jurídica
As decisões do STF, em muitos pontos, prenunciam o fim do garantismo, o rebaixamento do direito de defesa, do avanço da noção de presunção de culpa em vez de inocência. E, ao inovar que a lavagem de dinheiro independe de crime antecedente, bem como ao concluir que houve compra de votos de parlamentares, o STF instaurou um clima de insegurança jurídica no País.
Pairam dúvidas se o novo paradigma se repetirá em outros julgamentos, ou, ainda, se os juízes de primeira instância e os tribunais seguirão a mesma trilha da Suprema Corte.
Doravante, juízes inescrupulosos, ou vinculados a interesses de qualquer espécie nas comarcas em que atuam poderão valer-se de provas indiciárias ou da teoria do domínio do fato para condenar desafetos ou inimigos políticos de caciques partidários locais.
Quanto à suposta compra de votos, cuja mácula comprometeria até mesmo emendas constitucionais, como as das reformas tributária e previdenciária, já estão em andamento ações diretas de inconstitucionalidade, movidas por sindicatos e pessoas físicas, com o intuito de fulminar as ditas mudanças na Carta Magna.
Ao instaurar-se a insegurança jurídica, não perdem apenas os que foram injustiçados no curso da Ação Penal 470. Perde a sociedade, que fica exposta a casuísmos e decisões de ocasião. Perde, enfim, o próprio Estado Democrático de Direito.
5. O STF fez um julgamento político
Sob intensa pressão da mídia conservadora—cujos veículos cumprem um papel de oposição ao governo e propagam a repulsa de uma certa elite ao PT - ministros do STF confirmaram condenações anunciadas, anteciparam votos à imprensa, pronunciaram-se fora dos autos e, por fim, imiscuiram-se em áreas reservadas ao Legislativo e ao Executivo, ferindo assim a independência entre os poderes.
Único dos poderes da República cujos integrantes independem do voto popular e detêm mandato vitalício até completarem 70 anos, o Supremo Tribunal Federal - assim como os demais poderes e todos os tribunais daqui e do exterior - faz política. E o fez, claramente, ao julgar a Ação Penal 470.
Fez política ao definir o calendário convenientemente coincidente com as eleições. Fez política ao recusar o desmembramento da ação e ao escolher a teoria do domínio do fato para compensar a escassez de provas.
Contrariamente a sua natureza, de corte constitucional contra-majoritária, o STF, ao deixar-se contaminar pela pressão de certos meios de comunicação e sem distanciar-se do processo político eleitoral, não assegurou-se a necessária isenção que deveria pautar seus julgamentos.
No STF, venceram as posições políticas ideológicas, muito bem representadas pela mídia conservadora neste episódio: a maioria dos ministros transformou delitos eleitorais em delitos de Estado (desvio de dinheiro público e compra de votos).
Embora realizado nos marcos do Estado Democrático de Direito sob o qual vivemos, o julgamento, nitidamente político, desrespeitou garantias constitucionais para retratar processos de corrupção à revelia de provas, condenar os réus e tentar criminalizar o PT. Assim orientado, o julgamento convergiu para produzir dois resultados: condenar os réus, em vários casos sem que houvesse provas nos autos, mas, principalmente, condenar alguns pela “compra de votos” para, desta forma, tentar criminalizar o PT.
Dezenas de testemunhas juramentadas acabaram simplesmente desprezadas. Inúmeras contraprovas não foram sequer objeto de análise. E inúmeras jurisprudências terminaram alteradas para servir aos objetivos da condenação.
Alguns ministros procuraram adequar a realidade à denúncia do Procurador Geral, supostamente por ouvir o chamado clamor da opinião pública, muito embora ele só se fizesse presente na mídia de direita, menos preocupada com a moralidade pública do que em tentar manchar a imagem histórica do governo Lula, como se quisesse matá-lo politicamente. O procurador não escondeu seu viés de parcialidade ao afirmar que seria positivo se o julgamento interferisse no resultado das eleições.
A luta pela Justiça continua
O PT envidará todos os esforços para que a partidarização do Judiciário, evidente no julgamento da Ação Penal 470, seja contida. Erros e ilegalidades que tenham sido cometidos por filiados do partido no âmbito de um sistema eleitoral inconsistente - que o PT luta para transformar através do projeto de reforma política em tramitação no Congresso Nacional - não justificam que o poder político da toga suplante a força da lei e dos poderes que emanam do povo.
Na trajetória do PT, que nasceu lutando pela democracia no Brasil, muitos foram os obstáculos que tivemos de transpor até nos convertermos no partido de maior preferência dos brasileiros. No partido que elegeu um operário duas vezes presidente da República e a primeira mulher como suprema mandatária. Ambos, Lula e Dilma, gozam de ampla aprovação em todos os setores da sociedade, pelas profundas transformações que têm promovido, principalmente nas condições de vida dos mais pobres.
A despeito das campanhas de ódio e preconceito, Lula e Dilma elevaram o Brasil a um novo estágio: 28 milhões de pessoas deixaram a miséria extrema e 40 milhões ascenderam socialmente.
Abriram-se novas oportunidades para todos, o Brasil tornou-se a 6ª economia do mundo e é respeitado internacionalmente, nada mais devendo a ninguém.
Tanto quanto fizemos antes do início do julgamento, o PT reafirma sua convicção de que não houve compra de votos no Congresso Nacional, nem tampouco o pagamento de mesada a parlamentares. Reafirmamos, também, que não houve, da parte de petistas denunciados, utilização de recursos públicos, nem apropriação privada e pessoal.
Ao mesmo tempo, reiteramos as resoluções de nosso Congresso Nacional, acerca de erros políticos cometidos coletiva ou individualmente.
É com esta postura equilibrada e serena que o PT não se deixa intimidar pelos que clamam pelo linchamento moral de companheiros injustamente condenados. Nosso partido terá forças para vencer mais este desafio. Continuaremos a lutar por uma profunda reforma do sistema político - o que inclui o financiamento público das campanhas eleitorais - e pela maior democratização do Estado, o que envolve constante disputa popular contra arbitrariedades como as perpetradas no julgamento da Ação Penal 470, em relação às quais não pouparemos esforços para que sejam revistas e corrigidas.
Conclamamos nossa militância a mobilizar-se em defesa do PT e de nossas bandeiras; a tornar o partido cada vez mais democrático e vinculado às lutas sociais. Um partido cada vez mais comprometido com as transformações em favor da igualdade e da liberdade.
São Paulo, 14 de novembro de 2012.
Comissão Executiva Nacional do PT.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Repasso_ Agradecido e com grande prazer!

Falta apenas uma semana para o início das aulas, você já fez sua inscrição? Não perca esta grande oportunidade de expandir seus conhecimentos! Entre em contato pelo telefone (13) 3289-4935 para mais informações!

Clipagem_Metro

Jornal Metro_ 30/10/2012

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Mais CÂMERAS e menos CABEÇAS!


O artigo abaixo foi escrito pelo excelente jornalista Marco Antonio Araujo (vulgo O Provocador). Pela sintética análise crítica e didática, penso ser um belo texto FILOSÓFICO. Filosofemos! E, então, a transformação será a mudança perene...

Está se tornando mania câmeras nas salas de aula de escolas particulares. Tem muita gente que gosta da ideia. Tanto que os protestos têm sido bem tímidos. Azar. É profundamente doentio submeter jovens e crianças a esse monitoramento contínuo. Transformar a vida escolar num reality show enfadonho é o anúncio de que fomos derrotados enquanto civilização.
Os supostos benefícios dessa invasão são tão medíocres que nem merecem consideração. Segurança? Disciplina? Esses pedagogos enlouqueceram e não querem dar a mão à palmatória. Saber que cada movimento nosso está sendo gravado é aterrorizante. Ainda mais quando estamos em formação. Não haverá espaço para o erro, a rebeldia, o ócio e tudo aquilo de que podemos nos envergonhar ou nos arrepender.
Viver de verdade passaria a ser gerar provas contra si mesmo. Que tipo de ser humano sairá dessa experiência persecutória? Imagino um adulto tenso, recalcado, paranoico, que jamais teve intervalos para relaxar. Uma hora acaba explodindo. Ou implodindo, tanto faz. Muito de nossa personalidade mais íntima é forjada acintosa ou silenciosamente em locais públicos. É no convívio e no confronto com as adversidades que descobrimos do somos feitos.
Se soubermos que estamos sendo vigiados o tempo todo, jamais saberemos o que é agir naturalmente. Mesmo diante de testemunhas.Logo mais, a privacidade ficará restrita a banheiros, quartos de motel e nada mais. Não quero ver esse filme. O final é ruim.O que consola é saber que nas escolas públicas, principalmente naquelas bem barra pesada, esses trecos seriam vandalizados no primeiro dia. E enfim a barbárie teria alguma razão.

Sugiro, ainda, mais do mesmo para se pensar o de SEMPRE:

sábado, 20 de outubro de 2012

Filosofemos!

Entrevista para o jornal A Tribuna_ 09 de Outubro de 2011.

Aos interessados_ Conversas nietzscheanas

O Horário correto do CURSO é das 16 às 18 horas dos SÁBADOS!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Na Pós-Eleição, permitam-se a REFLEXÃO!

ARTIGUETE_Último balancete
Caro leitor, começamos mais um dia pós-eleições. Nossa região optou por mudanças que reorganizarão o horizonte ideológico da baixada santista. No capítulo “derrotas particulares”, salta aos olhos a vitória de Bili em São Vicente frente ao filho de Márcio França e sua mega-coligação, demonstrando que o pleito é soberano e que fantasmas, às vezes, elegem, às vezes, assustam e, por isso são exorcizados. O marketing eleitoreiro, ainda assim,  venceu na maior parte de nossas cidades; de tal modo que vimos diante de nossos televisores, muitos ‘produtos’ encomendados pelo Mercado, ainda que com caras e discursos que se apresentam como renovadores. Vigiemos e cobremos por meio de nossos vereadores!
Mas o maior desafio continua. Para que a CIDADANIA REPUBLICANA vença sempre, após a ‘emoção’ eleitoral, devemos, sempre mais, criar relações públicas e civilizadas.
Uma das mais dignas tarefas do Homem é a de levar os seus pares a pensar e acreditar que um amanhã melhor é possível e que este não é, ainda, o melhor dos mundos.
Nos dias de hoje, de Globalização das desigualdades e da miséria social, reflexo de uma contemporaneidade conturbada pela perda de sentido, na Pós-Eleição, permitam-se a REFLEXÃO!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Clipagem_ Análise das eleições santistas/2012

Matéria_ "Analistas veem ex-prefeitos em baixa"
Jornal A Tribuna_08/10/2012

Clipagem_Eleições em Santos/Resultados

Matéria_ "Papa fica com sabor da derrota"
A Tribuna_ 08/10/2012


Clipagem_ Diário do Litoral

Jornal Diário do Litoral
06/10/2012

Clipagem_08/10/2012

Jornal METRO_Santos
08/10/2012

CLIPAGEM_SANTOS_ELEIÇÕES 2012

Jornal METRO_ 09/10/2012

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Contra o 'lulismo' vale tudo?

Por @_el_conde, Zé de Abreu, 'Stanley Burburinho' e Edu Guimarães


Um pequeno apanhado de textos do site da VEJA sobre o Ministro Joaquim Barbosa antes de se tornar "herói

Para o colunista Augusto Nunes (VEJA)  Joaquim Barbosa era um dos candidatos para o troféu HOMEM SEM VISÃO DA DÉCADA. O que mudou?: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/homem-sem-visao/sete-ases-e-um-curinga/


Reinaldo Azevedo: JOAQUIM BARBOSA DESMORALIZOU O SUPREMO E É RETRATO E PROTAGONISTA DE UMA CRISE GRAVE: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/joaquim-barbosa-desmoralizou-supremo-retrato-protagonista-uma-crise-grave/

Reinaldo Azevedo: JOAQUIM BARBOSA DISSE A BOBAGEM FORMIDÁVEL DO DIA: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/joaquim-barbosa-disse-a-bobagem-formidavel-do-dia/

Reinaldo Azevedo: A ARROGÂNCIA DE JOAQUIM BARBOSA É ESPANTOSA!: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-arrogancia-de-joaquim-barbosa-e-espantosa/


Reinaldo Azevedo: Ó JOAQUIM, PÁRA DE SE SENTIR VÍTIMA PORQUE TU FOSTE O 1º NEGRO A CHEGAR AO STF: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/joaquim-para-se-sentir-vitima-porque-tu-foste-primeiro-negro-chegar-ao-stf/

Reinaldo Azevedo: TRANSCRIÇÃO DEIXA CLARO QUE GROSSERIA PARTIU DE JOAQUIM BARBOSA, COMO DE HÁBITO: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/transcricao-deixa-claro-que-grosseria-partiu-joaquim-barbosa-como-habito/

Reinaldo Azevedo sobre Joaquim Barbosa: FALTA DE COMPOSTURA: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/falta-compostura/


Obs: Reparem que neste artigo do Reinaldo Azevedo os links para os artigos em que ele diz criticar duramente Joaquim Barbosa não são válidos: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/inutil-tentar-faturar-com-minha-memoria/


1) Reinaldo Azevedo: "… seu comportamento é só mais um sinal de quem há quem prefira o protagonismo destrambelhado à letra fria da lei..."
2) SUPREMO, MENDES, BARBOSA E ACUSAÇÃO QUE VEM DE UM PANFLETO PARTIDÁRIO: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/supremo-mendes-barbosa-acusacao-que-vem-um-panfleto-partidario/


Reinaldo Azevedo: O MOMENTO DA EXALTAÇÃO DESTRAMBELHADA: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/momento-exaltacao-destrambelhada/

Reinaldo Azevedo: O QUE HÁ DE ABSURDO NOS VOTOS DE CARMEN LÚCIA, EROS GRAU E BARBOSA: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-que-ha-de-absurdo-nos-votos-de-carmen-lucia-eros-grau-e-barbosa/

Reinaldo Azevedo: "… Não dá! Barbosa parecia a versão togada do Lula a falar do pré-sal e dos aviões de guerra que vão preservar as nossas riquezas das ambições e do olhar ambicioso dos estrangeiros…": http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/battisti-o-stf-e-o-mal-que-a-arrogancia-faz-a-coluna-vertebral/

Reinaldo Azevedo: "A vaidade de Barbosa ñ pode ser tão grande a ponto de achar que só se pode discordar dele por racismo.": http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/ministro-supremo-nao-disputa-big-brother/

"O Supremo não é boteco_ Sim, estou escrevendo sobre o óbvio destempero do ministro Barbosa.  Um minuto aí. Este senhor passou dos limites. Está confundindo o Supremo com boteco."


Reinaldo Azevedo - O 'MENINO' DE GRANDIS É BEM MAIS VELHO DO QUE PENSA E DO QUE PARECE: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/menino-grandis-bem-mais-velho-que-pensa-que-parece/

Reinaldo Azevedo: JOAQUIM BARBOSA VIROU "HOLOFOTE-DEPENDENTE". PRECISA APARECER MENOS E ESTUDAR MAIS: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/joaquim-barbosa-virou-holofote-dependente-precisa-aparecer-menos-estudar-mais/

* Reinaldo Azevedo é o editor da Revista VEJAcriador do termo petralhas e chefe de Policarpo Jr., editor de política da revista que pautou a mesma às necessidades políticas e econômicas do criminoso Carlinhos Cachoeira.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

FILOSOFRENIA existe?!

E não é que mandaram-me tal vídeo?... E não é que sofro de tal doença?... E não é que o cara parece comigo?... E não é que o texto poderia ser meu?... E não é?!

    Monólogo de um Filosofrênico


Bem, eu sou mais um ex-usuário... Mais um filosofrênico...
Tudo começou quando um amigo me apresentou a Ilíada, aí foi uma Odisséia, sem me dar conta de onde eu me metia, fiz do mundo uma divisão entre gregos e troianos e comecei a consumir muito HOMERO.
O mundo passou a girar dentro da minha cabeça e só então percebi que já fora dominado por esta Teogonia abissal de Trabalhos e Dias, num consumo desenfreado de HESÍODO...
Num determinado momento, até achei que havia encontrado, seguindo os passos de PARMÊNIDES, o caminho da verdade do ser... Mas, de repente, já estava envolvido com HERÁCLITO e aí, vocês já sabem... A coisa pesou... e o meu (e o seu) quebra-cabeça chamado mundo ruiu de tal forma que eu sentia que podia ser e não-ser ao mesmo tempo... Pode?! É claro que o logos poria tudo no lugar, mas já era... ‘tava’ perdido mesmo. Tudo bem que como diz Clarice Lispector, ‘perder-se também é caminho’, mas a coisa foi ficando sinistra. Nada é tão fácil assim...
Todo dia passava a usar algo mais pesado, disse a mim mesmo, já foi, agora só consumia PLATÃO, e mesmo que SÓCRATES aparecesse na minha frente dizendo ‘prá’ que eu recusasse essa realidade e aceitasse que eu estava numa Caverna, diria não! Não! Que negócio é esse? E quando tapei os ouvidos só conseguia ouvir a voz daquilo que, até então eu chamava de consciência, me dizendo usa ARISTÓTELES seu fracote, senão vai enlouquecer blá, blá, blá... e olha que não sou esquizofrênico heim!
Mas... usei... e usei muito; só parei quando me apresentaram um cara chamado AGOSTINHO DE HIPONA, e que suas próprias Confissões iriam me ajudar... que nada... No começo tudo bem, bacana, mas depois me vi atraído por um outro usuário barra-pesada de Aristóteles, o TOMÁS DE AQUINO... Caramba bicho, quase enlouqueço na lucidez de tanto consumir... Achava até que ele era o cara... Mas vício é vício! Fiz da minha vida uma Suma do que ela era e só cheguei num rascunho daquilo que era meu Ente frente à minha Essência... ‘Tava’ ‘perdidão’ em pleno meio-dia da razão.
Minha família optou por um Discurso do Método para que eu saísse do que eles chamavam vício contumaz de ilusão... Tentaram me desintoxicar com DESCARTES. Chamavam-me de Príncipe e diziam que, de vez em quando, eu até poderia tomar um MAQUIAVEL; mas, como todo viciado nega a dependência, de raiva consumi ESPINOSA como um louco, e mesmo todo afetado por essa natureza que nos dispõe a vontade de ser, eu sabia que ‘tava’ mal... Nem KANT e uma Crítica da Razão Pura dariam jeito.
Reneguei minha família, que a essa altura tinha tentado um choque de realidade com uso contínuo de Positivismo e doses homeopáticas de HEGEL. Ah! Não brinquem com um viciado!! Foi aí que parti ‘pro’ meu consumo mais longo. Decidi, só usaria MARX então... Que me dessem liberdade, pombas! Afinal, nós usuários somos uma sub-classe com identidade provisória de uma verdadeira classe!
Resultado, tive que sair de casa, e na fossa do meu amadurecimento, deslumbrei-me com a minha própria Vontade de Poder e aí, ah! Aí usei NIETZSCHE até dizer chega. Senti-me um Super-Homem... Mas tomei um choque quando misturei com SCHOPENHAUER, senti que minha representação não passava de uma vontade ilusória que sequer eu tinha escolhido... 'Tava' um traste...
Vi-me como uma paixão inútil e comecei a mexer com SARTRECAMUS e umas coisas existencialistas. Até que tomei um rumo a partir daquilo que representava minha responsabilidade única pelo mundo e pelos outros, que mesmo que me causassem um inferno, eram a consciência de tudo que se apresentava pra mim, era meu mundo, pô...
Acho que só quem passou por um vício desses sabe o abismo que se abre na realidade...
Hoje, ‘tô’ limpo, vivo um dia depois do outro, como dizem meus verdadeiros amigos... Meu terapeuta me diz que venho fazendo verdadeiros avanços com a ajuda dos remédios prescritos.
Essa semana consumi um capítulo da novela das 8 e ousei tomar como leitura a coluna de fofoca de um jornal...
De vez em quando, diz meu terapeuta, eu posso ter uma recaída, mas ele e meus amigos estarão lá para me Vigiar e Punir caso queira usar FOUCAULT. Disse muito obrigado, mas mesmo que me venham com ADORNO acho que não aceitaria mais nada...
Minha meta é o controle da minha FILOSOFRENIA, custe o que custar.
E semana que vem começo em mais um conjunto de ex-dependentes, e pretendo, se tudo der certo, conseguir, com ajuda de muitas doses de ‘reality shows’, chegar à minha média de normalidade, a tão sonhada MEDIOCRIDADE!
Esse é meu relato, mais um dia, mais um filosofrênico.


Obrigado.